quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Os Maias


Vou compartilhar com os meus leitores, uma passagem sublime do livro que estou a lêr de Eça de Queirós “Os Maias” Volume I, pagina 145, paragrafo sétimo.

“Fora um dia de inverno suave e luminoso, as duas janelas estavam ainda abertas. Sobre o rio, no céu largo, a tarde morria, sem uma aragem, numa paz elísia, com nuvenzinhas muito altas, paradas, tocadas de cor-de-rosa; as terras, os longes da outra banda já se iam afogando num vapor aveludado, do tom de violeta; a água jazia lisa e luzidia como uma bela chapa de aço novo; e aqui além, pelo vasto ancoradouro, grossos navios de carga, longos paquetes estrangeiros, dois couraçados ingleses, dormiam, com as mastreações imóveis, como tomados de preguiça, cedendo ao afago do clima doce…”

José Maria Eça de Queiroz, nasceu a 25 de Novembro de 1845 na Póvoa de Varzim, faleceu a 16 de Agosto de1900, na sua casa em Neuilly.

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