Pessoas que prestam cuidados a pacientes com a doença de Alzheimer têm mais probabilidade de sofrerem de demência. «É incrivelmente irónico, mas também faz sentido», afirma o investigador Peter P. Vitaliano, da Universidade de Washington (EUA).
As funções de um cuidador envolvem muitos factores que aumentam as probabilidades de o indivíduo sofrer debilitação cognitiva e outros problemas, como o stress crónico, isolamento social e depressão. A pessoa pode também adoptar hábitos pouco saudáveis, como exercitar-se menos e comer alimentos pouco nutritivos.
Um estudo feito em 2004, na Universidade de Harvard, mostrou que mulheres idosas que tomavam conta de maridos doentes tinham 31% mais hipóteses de receberem notas mais baixas em testes que mediam a função cognitiva, quando comparadas com mulheres da mesma idade que não prestavam cuidados.
Em 2010, um estudo acompanhou mais de 1.200 casais idosos por 12 anos, e descobriu que os cônjuges de pessoas que sofriam de demência tinham 600% mais probabilidades de desenvolverem a mesma condição.
«É aterrorizante», diz a assistente social Leah Eskenazi. «As pessoas colocam as suas vidas em espera para cuidarem de outra pessoa, para cuidarem de um cônjuge. E pensar que fazer isso os coloca em risco de estarem na mesma situação, e eles vêem a pessoa a decair - especialmente com a demência - é u ma doença assustadora».
Portanto, é preciso que as pessoas que prestam cuidados dêem atenção também à sua própria saúde. O aconselhamento médico é essencial, e atitudes simples como exercícios físicos e actividades de lazer podem ajudar o cuidador a impedir a debilitação das suas capacidade cognitivas.
A pesquisa foi publicada no Journal of the American Geriatrics Society.
terça-feira, 2 de agosto de 2011
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