segunda-feira, 25 de abril de 2011

Recordação do 25 de Abril de 1974


Hoje recordo mais um ano (37 anos do golpe militar do 25 Abril (revolução dos cravos), contra ditadura fascista de Salazar e Caetano e seus correligionários, alguns ainda existentes em Portugal.No dia do golpe militar, encontrava-me a gozar férias em Viseu para depois ingressar na tropa (todos os jovens eram obrigados a cumprir o serviço militar) sabendo que era um golpe militar, fiquei com muitas dúvidas, mas logo eu e outros amigos (foi uma época muito impetuosa em que os meus pais amargaram muito, principalmente a minha falecida mãe, que aqui presto a minha sentida homenagem) organizamo-nos para denunciar os PIDES e delatores, que alguns de nós conhecíamos (ainda temos muitos salazaristas, hora vejamos, em 1974 “A Comissão da Extinção da PIDE e da Legião Portuguesa dá a conhecer o poder da máquina repressiva da Ditadura 2162 funcionários, cerca de 20 000 informadores, 80 000 legionários com 600 informadores e 200 elementos da Força de Automóvel de Choque”), vim depois para Lisboa.

Ainda hoje recordo, uma imensa multidão dirigiu-se para o quartel do Carmo onde se encontrava Marcelo Caetano e alguns dos seus ministros (aguardo da GNR), para que ele fosse preso e julgado, mas nunca aconteceu. Porquê. Porque, as forças militares presidida pelo general Spínola, não teria interesse, como mais tarde se veio verificar “golpe spínolista”, de qualquer forma, valeu a pena ter havido o golpe militar, uma vez mais agradeço a todo os militares por nós terem proporcionando de lutar pela liberdade e a democracia e libertação dos Africanos.

Quando regressei Tancos, a Forca Área eu e outros camaradas estávamos mobilizados, para Moçambique, na altura era (só podia ser) para defender interesses económicos (Espírito Santo, Fonseca e Burnay, Mellos, Champalimaud, Quina, Feteira-Bordalo, Vinhas, Abecassis, Sousa Lara, Mota Veiga, Mota & Irmão, Herdeiros de Mário Cunha, Mesquitela, Cardiga,Jardim,etc etc.) existindo até 1974, não aconteceu porque houve um Movimento organizado pelo MRPP impediu o embarque de tropas para África e defendeu de imediato a independência, mas ouve logo outro movimento (colonialista) em Moçambique que se opunha à independência, foi a partir daqui que me envolvi ainda mais na politica, porque contestei que Junta de Salvação Nacional, tenha nomeado para a presidente da Republica o general Spínola.
Caros leitores ainda há muita coisa para contar, mas isso fica para os netos, e historiadores. A moralidade do período do COPCON/SUB, em que eu e outros militares, fomos enclausurados (encontrava-me na Base do Montijo) antes do 25 de Novembro para prepararem o golpe, que foi neutralizado.

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